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Fonoaudióloga e Especialista em Fluência detalha estudo sobre origem da gagueira


A revista científica Brain publicou, na última semana, um estudo multidisciplinar detalhando como se origina a gagueira, que é um distúrbio que causa a fala reperida ou arrastada de palavras e está presente em cerca de 1% da população brasileira.

De acordo com a publicação, tanto a gagueira de desenvolvimento (que surge na infância) como a adquirida (acusada por acidente vascular ou problema neurológicos) estão ligadas a condições neurológicas.

O estudo ainda informa que analisou dados para identificar semelhanças entre as duas gagueiras. E o resultado foi de que a origem do distúrbio está numa parte específica do putâmen esquerdo, no telencéfalo.

Por isso, de acordo com a Dra. Lívia Amstalden Mendes, Especialista em Fluência pelo Conselho Federal de Fonoaudiologia, é fundamental que as pessoas com gagueira procurem um fonoaudiólogo o quanto antes.

“A pessoa que gagueja tem uma experiência ao gaguejar. Ela tem emoções, reações e pode ter medo, já que vive numa sociedade muitas vezes discriminatória e que não aceita a forma dela falar. É muito importante que as pessoas que gaguejam sejam assistidas por um fonoaudiólogo, que é um profissional habilitado para avaliar, diagnosticar e tratar as pessoas que gaguejam o quanto antes”, afirmou Lívia, em entrevista à rádio Nova Brasil.

O estudo da Brain converge com a fala de Lívia e também concluiu que os resultados da pesquisa são ótimos para investimentos em tratamentos eficazes para a gagueira.

A Gagueira é um distúrbio da fluência que acomete 5% da população mundial, sendo 1% de forma crônica e persistente. No Brasil, afeta oito milhões de crianças e dois milhões de adolescentes e adultos, segundo dados da Abra Gagueira.

Gagueira não tem graça, gagueira tem tratamento.